Ao final de um dia estressante e corrido, é comum tomar um analgésico ou um anti-inflamatório para acabar com as terríveis dores. Mas, se você se encaixa nessa lista, tenha cuidado! Segundo uma pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), em 2015, há riscos no uso prolongado desses medicamentos, inclusive pode ocasionar em dores agudas. O especialista em dor crônica André Félix, revela que essas drogas são aparentemente inofensivas, porem o uso contínuo de opioides (analgésicos) pode ocasionar até em um aumento significativo no risco de morte.
O especialista comenta que, enquanto nos Estados Unidos existe uma preocupação redobrada com o abuso desses medicamentos, aqui no Brasil o problema está no consumo excessivo de analgésicos simples. “Com a facilidade de acesso a esses medicamentos torna-se indiscriminado o uso e aumenta o quantitativo de pessoas que se automedicam. Os analgésicos mais consumidos são paracetamol e dipirona, já os anti-inflamatórios são nimesulida e cetoprofeno”, ressalta.
Esse consumo excessivo é um dos principais motivos que podem desencadear em dor crônica, uma vez que esses medicamentos são ingeridos para tratar um problema que é contornado com a ingestão desses remédios. André Félix adverte que problema está no uso contínuo dessas drogas, que, com o passar do tempo, pode não fazer mais o efeito esperado e isso faz com que a pessoa aumente a dose para neutralizar a dor.
“É importante ficar atento aos sinais do corpo e não tentar ‘mascarar’ qualquer dor, porque esse problema pode se tornar maior e haver a necessidade de tratamentos mais longos. Muitas vezes um mal que poderia se resolver de uma forma simples é prolongado por consequência da automedicação”, salienta o especialista em dor crônica.
O que é opioides e seu uso:
O uso de analgésicos opiodeis, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é indicado para a opção de tratamento para o controle da dor crônica de intensidade moderada e forte, segundo as escalas de mensuração estabelecidas globalmente. Esse medicamento também faz parte dos componentes que integram a anestesia geral.
Fontes: ESHOJE